Está a chegar a época das provas orais e não sabes o que fazer? Então presta atenção às próximas dicas!
Antes da Prova
O primeiro passo é estudar! Se for prova oral de passagem, terás de estudar afincadamente toda a matéria abordada durante o semestre. Se for prova oral de melhoria, o foco vai para o estudo de um tema à escolha, estudando igualmente o conteúdo programático das aulas, procurando ir mais além, pois o objetivo é subir de nota.
Como o objetivo da prova é saber transmitir a matéria por palavras próprias faladas e não escritas, deves procurar treinar a oralidade. Lembra-te: saber a matéria não significa, necessariamente, que a saibas explicar verbalmente! Por isso, para treinar, podes falar para o espelho, para amigos/familiares, filmar para depois assistir de forma crítica, etc.
Além disso, algo que fará também a diferença é assistir às provas orais que estão a decorrer (seja pessoalmente ou por zoom, conforme haja possibilidade). Desta forma, ficas a conhecer os professores, a sua doutrina e as perguntas mais frequentes que, na maior parte das vezes, se repetem ao longo das provas. Pede ainda a colegas as perguntas dos anos anteriores.
Por fim, se esta não for a primeira vez que fazes uma prova oral, deves aprender com os erros do passado, ser autocrítico e melhorar para arrasar!
Durante a Prova
Independentemente do tipo de prova oral, convém ir “bem vestido”, pois é um momento formal, transmitindo credibilidade e seriedade.
É importante evitar interromper o professor e corrigi-lo. Se não concordas com a doutrina da regência ou dos professores que estão a avaliar, não há problema! O importante é conhecer a doutrina e os argumentos dos professores, para depois conseguires contrariar, mas sempre com humildade. Se segues uma certa posição doutrinária, vai com ela até ao fim, pois se mudares dá a sensação de insegurança na matéria. Neste âmbito, fica o alerta para não te contradizeres.
Além disso, usa o tempo para construir ideias e a argumentação de forma certa e direta. Ou seja, não te limites a responder sim ou não (opta por: “há quem defenda X pelas razões tal; há quem defenda Y pelas razões tal e a minha opinião é esta”). Procura falar de tudo o que sabes sobre aquela questão, mas sem divagar para conteúdo não perguntado.
E se não souberes a resposta? A honestidade pode não correr bem (dizer logo “não sei”). O melhor é pedir ao professor para reformular a pergunta. Se mesmo assim não entenderes, procura pelas palavras chave da questão. E se mesmo assim não der, diz “não me recordo” e avança para se não perder mais tempo. Nunca tentes “inventar” uma possível resposta, os professores sabem perfeitamente quando isso acontece e pode originar reprovação, caso seja uma prova oral de passagem.
Outra dica é levar sempre água, não só para hidratar e manter clareza na voz, como também para refletir na resposta, ou seja, beber água para pensar um pouco sobre a pergunta, ganhando alguns segundos extra.
Tem cuidado com jogos psicológicos, mantendo a mente focada. Certos professores, mesmo sabendo que o que foi dito está correto, podem tentar baralhar, perguntando: “tem a certeza?”, “acha mesmo isso?”.
Por fim, é muito importante manter uma boa linguagem corporal. Assim, coloca uma postura confiante e séria, mas com boa disposição. Mantém o autocontrole emocional: não vale a pena chorar que os professores não vão ficar com pena. Procura olhar nos olhos do professor, pois gera empatia e segurança; faz gestos abertos que acompanham a fala de forma leve, evitando gestos pacificadores (mexer em canetas, coçar o corpo, tremer a perna…). Mantém clareza na dicção, uma boa projeção de voz e evita as bengalas verbais (falar várias vezes “tipo”, “ahh”, “ehh”).
Posto isto, é hora de começar a colocar este conhecimento na prática, boa sorte!